Sinto-me livre*


Há uns tempos atrás, eu dizia que era incapaz de esquecer-te e que ia lutar por ti até não ter mais forças. O tempo foi passando e aquilo que sentia por ti foi-se a pouco e pouco apagando até já não restar nada, nem amor, nem amizade, nem ódio, nem rancor, ... nada.
No início não conseguia controlar o facto de estar no mesmo espaço que tu, depois com o tempo a tua presença foi-se tornando tão regular que começaste a ser apenas mais uma pessoa, passava por ti e nada, o ritmo do meu coração ficava tal e qual como estava, os meus olhos agiam como se vissem qualquer outra pessoa, as lágrimas já não tentavam escorrer, as minhas mãos já não tremiam, as minhas bochechas já não ficavam coradas, o meu sorriso mantinha-se, ...
Quando isto começou a acontecer, quando percebi que já não me afetavas, senti-me verdadeiramente livre, verdadeiramente feliz, de amor que já não era amor, que só trazia tristezas e lágrimas.
Já tinha dito que o capítulo em que tu entravas, no meu livro, estava encerrado, desta vez encerro-o de vez.
Não quero voltar a falar de ti, não quero mais que entres na vida seja de que modo for, não quero voltar a relembrar a nossa história, não quero mais saber de ti, é o fim entre eu e tu.
Gosto de me sentir livre de ti, livre de tudo aquilo que nos podia unir. A nossa história acaba mesmo aqui, não há mais páginas para escrever.

Juliana Rodrigues*
http://julianarodrigues19.tumblr.com/

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