O fim do filme



Criei, na minha mente, uma história que dava um belo filme. Eu e tu, no papel dos protagonistas e todas as outras pessoas no papel de figurantes, não havia personagens secundárias, não havia "a bruxa má", não havia nada para além de nós os dois, num belo cenário de amor e paixão. 
Mas, como toda a gente sabe nem todos os filmes podem ter um final feliz. E foi isso que aconteceu, a nossa história não foi para além de uma troca de palavras menos simpáticas, pela internet, uma coisa que durou menos de um minuto.
A verdade é que, para além daquele minuto de "conversa" pela internet, nunca nos falamos, nunca nos conhecemos, nunca aconteceu nada. Eu pensei que, tu e eu, um dia poderíamos ser um nós mas, não aconteceu e agora mais do que nunca, tenho a certeza de que não vai acontecer. Criei em ti, o rapaz perfeito, eras tudo aquilo que eu queria que tu fosses, tinhas uma personalidade diferente da minha mas, eu e tu tínhamos os mesmos planos para o futuro. 
Sei que o facto de ter um grau de timidez acima da média, contribuiu em grande parte para o facto de ainda não te ter conhecido, sei que me me deram dois anos para que eu tomasse a iniciativa e fosse ter uma conversa contigo, nem que fosse sobre o estado do tempo, e sei também, que ao fim desses dois anos decidiram considerar-te uma carta fora do baralho, porque afinal se tive dois anos para falar contigo e não o fiz, não era em nove ou dez meses que as coisas iam mudar. 
Isto tudo só para vos dizer que, quando temos uma oportunidade é melhor aproveitá-la antes que seja tarde de mais. É preciso colocar de lado a timidez, os complexos, os mil e um fantasmas que temos a assombrarem os nossos pensamentos e temos é que "nos atirar de cabeça" e se queda for muito grande pelo menos, em vez de dizermos "não consegui mas também nem sequer tentei", vamos poder dizer "não consegui mas pelo menos tentei e sei que se isto não resultou é porque não tinha que resultar". É difícil, eu sei que sim mas temos todos que pelo menos tentar.
Quanto à história que idealizei na minha mente, só com dois persona
gens,como devem ter percebido, o orçamento não chegou para pagar aos atores e o "filme" não se realizou.
Fiquem bem e sejam felizes.

P.S. Eu sei que disse que ia começar uma nova etapa no blog porque não estava "inspirada" para escrever os textos "lamechas" que costumo publicar, no entanto, não tenho conseguido dedicar quase nenhum tempo ao blog, e os textos "lamechas" são aqueles que eu demoro menos tempo a escrever pois escrevo aquilo que penso e ponto, quanto ao textos "não-lamechas", como eu já referi serão textos de opinião, mas necessitam de algum apoio "científico" e por isso levam um bocadinho mais de tempo, pelo que eu hoje decidi publicar este, vou tentar que o próxima seja sobre a importância da família, mas não prometo nada.

Juliana Rodrigues*

Comentários

  1. Não podemos ser nós a inventar os nossos filmes, porque nem escolhemos a personagem que somos.
    Um dia, um ele vai chegar, não vais reparar, e quando menos esperares ele vai ser o tal, porque te deste de alma mas nem percebeste que esse era o objetivo. É bom quando a vida nos surpreende <3

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