Uma aventura no secundário # 3


Olá, como prometi, cá estou eu para te falar da minha vida "amorosa" durante o secundário, se é que lhe posso chamar assim.

Se estás a pensar que me apaixonei e que conheci o amor da minha vida no secundário, lamento desiludir mas não foi isso que aconteceu. Não me apaixonei, nem conheci o homem da minha vida.
Digamos que eu vivo num concelho que tem imensas escolas secundárias, desde escolas de ensino regular a escolas profissionais, não falta nada. Qual era a probabilidade de o meu ex-namorado ir parar àquela escola? Eu pensava que a probabilidade era nula porque já tínhamos falado sobre cursos e o curso que ele queria seguir nem sequer existia na minha escola. Estava tudo muito bem, até que o Universo decide que a minha vida não estava suficientemente mal, então o tal rapaz arranja uma namorada que vai frequentar a mesma escola do que eu. E agora? E agora ele vai levá-la à escola todos os dias, vai ter com ela na hora de almoço, vai buscá-la no final das aulas e em todos esses dias eu vejo-os juntos. No início doeu porque eu gostava mesmo dele e ter que o ver com outra, todos os dias, não estava a ser fácil. No entanto, "não há mal que dure sempre dure" e eu habituei-me ao facto de o ver com ela e, depois de terem passado três anos, desejo que eles sejam muito felizes e, se quiserem, podem-me convidar para o casamento.
Pois, muito bem, o facto de este ser ter "desaparecido" da minha vida, deixou um espaço em branco. Espaço esse que era preciso ocupar e foi isso mesmo que aconteceu, ou talvez não. Apareceu um rapaz que era muito giro e muito bem parecido, tinha um olhos lindos. Eu não o conhecia, já tinha ouvido falar sobre ele, sabia o nome dele e pouco mais. Aos poucos fui colhendo algumas informações, junto de quem o conhecia, mas nunca tínhamos trocado uma palavra. Provavelmente, há uns tempos atrás escrevi que tínhamos trocado sorrisos e olhares, não aconteceu, era a minha mente a achar que era possível, mas não era. O tempo foi passando e eu achava que gostava dele, na verdade, só construí uma personagem à volta dele, alguém que ele não era, alguém que era demasiado perfeito para ser real. Queria muito falar com ele e a verdade é que falamos, ou melhor, discutimos, por uma rede social. Ele ficou com a razão dele e eu fiquei com minha, trocamos um ou dois comentários e mais nada, ele já nem se deve lembrar, mas eu lembro-me e desde esse dia que, aquilo que eu achava que sentia por ele foi perdendo força. Até que o 11 º ano terminou e ele mudou de escola, vi-o uma ou duas vezes depois disso e ele é só mais uma pessoa, só que eu não fiquei com uma boa impressão dele.
E o secundário não podia terminar sem eu achar que gostava de mais alguém e assim foi, voltei a achar que gostava de um rapaz que não conhecia mas desta vez foi passageiro, durou uns três/quatro meses, no máximo. E isto só aconteceu porque o rapaz em questão me fazia lembrar o rapaz dos olhos giros, eles nem são parecidos fisicamente, são o oposto um do outro mas eram amigos e a minha tendência era procurá-lo no meio do grupo de amigos, ele não estava e o outro rapaz era o que mais chamava a minha atenção. Felizmente, tudo passou. 

E assim foi assim. Não conheci o homem da minha vida, não me apaixonei por um príncipe que andava na escola pública, não aconteceu nada demais, foi só a minha vida.

Fica bem e sê muito feliz, 
Ju

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