Destinatário # 3


«Olá, não há nenhum motivo aparente para eu escrever esta carta, no entanto, eu vou escrevê-la na mesma.
Pensei que já não te lembravas de mim, pensei que já não sabias quem eu era. Passei algumas vezes por ti na rua e, nem uma palavra trocamos, trocamos olhares e alguns sorrisos e isso fez-me pensar que sabias que me conhecias de algum lado, mas não sabias de onde, afinal estava enganada, lembraste de mim, sabes quem eu sou, ainda te lembras do meu nome. Não imaginas o quão importante foi para mim o facto de te lembrares e já explico porquê, antes queria só dizer-te que te admiro muito e espero um dia voltar a encontrar-te mas desta vez, espero que o reencontro dure mais tempo, para tomarmos um café e pormos a conversa em dia.
Já passaram cerca de 8 anos desde que te conheci, no início, achei-te muito querido, muito giro e tinhas piada, eras mais velho e isso despertou algum interesse. Não vou dizer que gostei de ti, porque com dez anos não se gosta de ninguém, mas achava-te graça, parecias diferente dos outros. Comecei a ganhar um carinho especial por ti e, não foste o meu primeiro amor, mas foste a minha primeira grande paixão, eu achava mesmo que gostava de ti e gostava, de uma maneira que só alguém com dez anos pode gostar. Comecei a "gostar" de ti e claro que a notícia chegou até ti, foi só um dos momentos da minha vida em que eu senti mais vergonha, só queria fugir e não voltar mais. "Pegaste" comigo por eu "gostar" de ti e eu continua a achar que estava perdidamente apaixonada, o tempo foi passando e chegou o dia em que me perguntaste diretamente se eu gostava de ti. A minha pessoa, muito inteligente, o que é que fez? Não respondeu. Ora muito bem, terminou aqui aquilo que poderia ter sido a minha primeira história de amor. 
Foste embora da escola e a minha melhor amiga, da altura, também "gostava" de ti. Ora adivinha lá sobre o que é que eram as nossas conversas? Sobre cabelos e unhas é que não eram, eram sobre a tua pessoa. Isto fez com que eu continuasse a achar que estava eternamente apaixonada por ti. Até chorei, imagina só.
Agora que te relembrei a história toda, só te queria dizer que te admiro muito. Foste como um irmão mais velho para mim, estavas lá em todas as ocasiões e, embora não saibas, porque eu nunca te disse, foste uma das pessoas mais importantes para mim naquela altura. Cresci tanto contigo, aprendi tanto, tornaste-me uma pessoa melhor. Queria agradecer-te por tudo e dizer-te que vá eu para onde for, és uma das pessoas que eu vou levar para sempre no meu coração.
Antes de terminar, quero desejar-te a maior sorte do Mundo, espero que alcances tudo aquilo que desejas, espero que sejas muito feliz e que a vida te traga tudo de bom. Espero um dia poder retribuir tudo aquilo que fizeste por mim e quando voltar a encontrar-te quero dar-te um abraço para te agradecer, por tudo.

"Lembrei de você e fiquei pensando o que fazer ... então fechei os olhos e agradeci a Deus por você existir."

Um beijinho e um abraço, 
Ju. »

Bem, é esta a minha carta de hoje. Se quiseres consultar as outras cartas, clica aqui. Decidi não fazer nenhuma introdução para não quebrar o ritmo de leitura, se é que isto faz algum sentido. Diz-me o que queres ver na próxima publicação, votando na sondagem que se encontra aqui ao lado. Por hoje é tudo.

Um beijinho no coração, fica bem e sê feliz,
Ju.

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