A PRAXE # 2



Da última vez que falei desta assunto dei-vos a minha opinião enquanto 'espectadora', ainda não tinha sido sujeita à experiência da praxe e por isso não vos podia dizer muito mas agora já posso (vejam aqui).

Na Universidade do Algarve a praxe é realizada durante uma semana e meia e depois termina para que os alunos se possam focar nos estudos e nas aulas. Por isso, sim, fui praxada este ano e cheguei até ao fim. E sim, aquelas notícias e aqueles escândalos que vieram na comunicação social têm muito pouco de verdade, só devem ter acertado na idade da rapariga e no curso mas não vamos falar sobre isso (por agora, no entanto, se quiserem saber alguma coisa, podem perguntar).

O que é que aprendi na praxe? Aprendi, acima de tudo, que o meu curso é uma família. O verdadeiro 'um por todos e todos por um' existe e é vivido aqui. Apesar de ser de segundo ano e de já conhecer algumas pessoas fez-me muito bem ir à praxe, conheci os meus académicos, o pessoal de 1 º ano e estreitei ligações com o pessoal do meu ano. É bom fazer amigos e é bom sair à noite e conhecer toda a gente que está no bar. O melhor disto tudo foi ter conhecido pessoas espetaculares. O melhor disto tudo foi o dia do batismo, foi poder finalmente abraçar os meus académicos e os meus amiguinhos e agradecer-lhes por me terem proporcionado dias que dificilmente vou esquecer.

Se foi duro? Foi, não só em termos físicos mas em termos psicológicos. Passaram-se noites em que só dormíamos duas horas e acabávamos por adormecer no autocarro a caminho da faculdade. E querem saber porque é que isto foi bom? Porque estávamos todos 'no mesmo barco' e íamos conversando com os amiguinhos e conhecendo cada um deles.

Se voltava a repetir? Sem dúvida. Algumas noites foram complicadas, admito. A noite da revelação foi, decididamente, dura a nível psicológico mas valeu a pena. No final das contas foram essas noites que fizeram com que a união entre nós fosse maior. Já para não falar dos dias que eram sempre extremamente divertidos, em que tínhamos que cantar, dançar, fazer teatros estranhos, ...

Estava reticente quanto à praxe, confesso mas hoje, posso-vos dizer que deve ter sido uma das decisões mais acertadas da minha vida. Se não sabem se vai ser bom ou não, vão e experimentem. Ninguém vos pode obrigar a ficar lá se não quiserem, por isso, se não gostarem podem sair. 
Digo isto e ainda não trajei mas sei que vou rebentar de orgulho no dia em que trajar e os meus padrinhos me traçarem a capa.

Um beijinho no coração e saudações académicas, 
Ju

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